sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Perfil: Grafiteira manauense integra cena do grafite de Salvador

Foto: Arquivo Pessoal
Tatuadora, mãe, grafiteira. Aos 24 anos, a manauense Sarah é uma das poucas mulheres em atividade no cenário do grafite de Salvador. A tag Chermie, como a grafiteira assina os seus trabalhos, é inspirada na personagem Shermie de The King of Fighters, um jogo para videogame.

Chermie começou a grafitar em 2005, estimulando outras meninas a pintar. Suas personagens estão espalhadas pelas ruas da cidade, expressando nos muros um pouco da sua cultura. “Eu grafito mais índios, que são a minha identidade. É para mostrar a minha terra para o resto do Brasil, a minha cultura indígena”, conta.

É a segunda vez que a grafiteira mora em Salvador. Na primeira vez, em 2011, ficou durante seis meses. Em 2012, veio para ficar e já está na cidade desde março. Segundo ela, a cena do grafite feminino em Manaus é mais ativa, com um número maior de mulheres pintando, mas as duas cidades são muito boas em relação à técnica, com excelentes artistas. Chermie incentiva, ainda, as meninas que tem vontade de grafitar. O começo pode ser difícil, mas, para ela, o esforço vale a pena. “No início é dificultoso, como tudo na nossa vida. Depois você corre atrás e se acostuma, vê que isso é tudo na sua vida”, relata.

Foto: Amanda Julieta
Embora o grafite não garanta retorno financeiro, a sensação é de missão cumprida. Através dos seus desenhos, Chermie deixa a sua mensagem e colore o corpo da cidade. “O grafite é cultura e, sendo cultura, é bom para a sociedade. Ainda mais que embeleza essas cidades cinzas e poluídas onde vivemos hoje em dia”, diz.

Por Amanda Julieta. 

1 comentários:

  • Unknown says:
    22 de setembro de 2012 às 09:44

    Que massa toda força Manauara a vc. Representando sempre.

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